Os evangelhos sinóticos relatam a cura de um paralítico, na cidade de Cafarnaum, que foi levado pelos seus amigos a Jesus. Os amigos levaram-no no próprio leito. Por não terem acesso ao local da casa onde Jesus estava, destelharam a casa e desceram o homem com cama e tudo. Jesus ao vê-lo perdoou seus pecados e o corou de sua paralisia. Três fatos ocorreram na vida desse homem, em virtude de seu encontro com Jesus:
Em primeiro lugar, o homem foi cativo e voltou livre. O paralítico era cativo do pecado e prisioneiro da paralisia. Sua alma estava num calabouço e seu corpo preso a uma cama. O homem era cativo física e espiritualmente. Foi nessa condição que ele foi levado a Jesus. Porém, Jesus o perdoou de seus pecados e o curou de sua enfermidade. Jesus veio para libertar os cativos. Sendo o Filho de Deus veio para desfazer as obras do diabo e perdoar os pecadores. O paralítico foi levado a Jesus cativo, mas voltou livre. A Escritura diz: “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.
Em segundo lugar, o homem foi carregado e voltou carregando. O paralítico não podia ir a Jesus por si mesmo. Foi levado. Foi carregado. Porém, quando colocado aos pés de Jesus, seus pecados foram perdoados e os impedimentos de suas pernas foram tirados. O homem outrora acamado, levantou-se. O homem outrora carregado, saiu carregando o seu leito. Jesus demonstrou ser o Messias, o Filho de Deus, pois perdoou os pecados do paralítico e o curou. A evidência de que os pecados foram perdoados é que o homem imediatamente ficou curado. Assim, Jesus provou que é Deus, pois só Deus pode perdoar pecados e a evidência pública do perdão foi a cura imediata. O homem que foi a Jesus carregado, voltou carregando o seu leito.
Em terceiro lugar, foi buscar uma bênção e voltou trazendo duas. O paralítico foi buscar apenas cura para sua enfermidade, mas encontrou também o perdão dos seus pecados. A doença do corpo é grave, mas não separa o homem de Deus. O pecado é maligníssimo e pior do que a enfermidade, pois o pecado separa o homem de Deus tanto no tempo quanto na eternidade. O homem preso no seu leito ficou livre. O homem que precisou ir carregado, voltou carregando. O homem prisioneiro do pecado e da enfermidade, voltou perdoado e curado. Foi buscar uma bênção e encontrou duas.
Jesus é mesmo ontem, hoje e sempre. Ele tem o mesmo poder e a mesma compaixão. Ele pode tudo quanto ele quer. Ainda hoje há pessoas cativas dos males físicos e dos tormentos espirituais. Jesus cura e salva. Perdoa e restaura. Para ele não há causa perdida, doença incurável nem vida irrecuperável. Ele veio ao mundo para fazer os coxos andarem, para abrir os olhos aos cegos e perdoar pecadores. Todo aquele que vai a ele, não é lançado fora. Todo aquele que nele crê, não é decepcionado. Ele cura, ele liberta, ele salva.
Rev. Hernandes Dias Lopes
