“… porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti” (2Cr 20.12).
O rei Josafá está ameaçado por uma coalisão de inimigos, prestes a atacar Jerusalém. Esses inimigos são aparentados do povo de Deus: Moabe, Amom e Edom, são descendentes de Ló e Esaú, respectivamente. Uma grande multidão já está acampada em En-Ged, às margens do Mar Morto, pronta para subir a ladeira e invadir Jerusalém. Não há prazo suficiente para Josafá preparar uma defesa. Ele não tem força nem estratégia para lidar com esse ataque iminente. Porém, colocou seus olhos em Deus e encontrou as armas da vitória. Vejamos:
Em primeiro lugar, a oração. Josafá teve medo e pôs-se a buscar ao Senhor. Conclamou toda a nação a vir para Jerusalém, a fim de buscarem ao Senhor com jejuns. A oração não é poderosa, mas aciona o braço do Deus Todo-poderoso. A oração revela a fraqueza humana e a onipotência divina. Conecta o altar da terra com o trono do céu. O rei, os homens, as mulheres e as crianças se uniram para buscarem a Deus, em oração.
Em segundo lugar, a Palavra de Deus. Enquanto buscavam ao Senhor, este, por intermédio do Espírito Santo, falou ao povo, ordenando-o a não temer, mas a confiar. Essa peleja não era do povo, mas de Deus. Eles não teriam que batalhar, mas ver o grande livramento de Deus. O Senhor trata das emoções deles, ordenando-os a não temerem. Trata das necessidades deles, dando-lhes garantia de vitória. Trata da segurança deles, oferecendo-lhes sua companhia.
Em terceiro lugar, a adoração. Diante da revelação de Deus, o rei e todo o povo se prostraram e adoraram ao Senhor. A adoração tem a ver com a pessoa de Deus mais do que com as obras de Deus. Adoramos a Deus por quem ele é e não por aquilo que ele tem feito. O próprio Deus é a força do seu povo. O próprio Deus é quem dá estratégia ao seu povo. O próprio Deus é a recompensa do seu povo. Adorar a Deus é a nossa missão primeira, precípua e última. Fomos criados e salvos para adorarmos a Deus.
Em quarto lugar, o louvor. À frente do exército, o coral cantava em voz alta sobremaneira louvores ao Senhor. Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, o Senhor pôs emboscada contra os inimigos e eles foram desbaratados. O louvor não é consequência da vitória, mas a sua causa. O louvor é arma de guerra. O louvor traz a vitória rapidamente. O povo louvou antes, durante e depois da batalha. O vale da ameaça foi rebatizado e passou a ser chamado de vale de bênção. Em vez do inimigo pilhar Jerusalém, foi o povo de Deus que saqueou o acampamento do inimigo, recolhendo despojos e ricos tesouros. Deus reverteu a situação. Onde havia ameaça, brotou a vitória. Este é o Deus que nos conduz em triunfo, mesmo quando não sabemos o que fazer.
Rev. Hernandes Dias Lopes