O CONTEÚDO DA VERDADEIRA FELICIDADE

O reino de Deus é a mensagem central do Novo Testamento. O reino não é político nem geográfico. Para ver o reino é preciso nascer de novo. Para entrar no reino é preciso nascer da água e do Espírito. O reino de Deus já foi inaugurado e está em expansão. Devemos orar para que o reino venha. Os súditos do reino têm marcas distintas e os valores do reino estão em oposição aos reinos deste mundo. Vejamos:

Em primeiro lugar, felizes são aqueles que se reconhecem falidos espiritualmente. Os humildes de espírito são aqueles que se achegam a Deus de mãos vazias, cônscios de que nada têm e nada podem exigir. São como mendigos, desprovidos de qualquer recurso, para pleitear qualquer direito diante de Deus. Não são os arrogantes, do topo de sua justiça própria que são felizes, mas os humildes que reconhecem seu pecado e são totalmente carentes da graça.

Em segundo lugar, felizes são aqueles que choram pelos seus pecados. Não são felizes todos os que choram, mas os que choram pelos seus pecados e se entristecem por entristecerem o Espírito Santo. Só os que choram pelos seus pecados se alegram com o perdão. Só os que derramam as lágrimas do arrependimento, entoam os cânticos da salvação.

Em terceiro lugar, felizes são aqueles que renunciam a seus direitos. Os mansos e não os valentões é que são felizes. São felizes não porque impõem sua vontade e fazem valer o seu direito; ao contrário, são felizes porque renunciam o seu direito tendo o poder de reivindicá-lo. São felizes aqueles que tendo poder para retaliar, perdoam; tendo a oportunidade de prevalecer pela força, triunfam pela mansidão.

Em quarto lugar, felizes são que aspiram a justiça. Os que têm fome e sede de justiça e não os que transgridem a lei é que são felizes. Não são felizes os que se enriquecem usando os expedientes da opressão. Não são felizes aqueles que ascendem ao poder ou sobem os degraus dourados da riqueza regidos pela prática da injustiça, mas aqueles que aspiram tanto a justiça de Deus quanto a justiça entre os homens.

Em quinto lugar, felizes são aqueles que socorrem os aflitos. Ah, aqueles em cujo coração há bondade e de cujas mãos fluem misericórdia é que são muito felizes. Eles amam o próximo com palavras e provam o amor com suas obras. Esses não encolhem as mãos ao pobre nem fecham o coração ao necessitado. São misericordiosos, ricos em boas obras e prontos a lançar o coração na miséria daqueles carecem de socorro.

Em sexto lugar, felizes são aqueles que vivem em santidade. Os puros de coração e não os devassos é que são felizes. Aqueles que se refestelam nos banquetes do pecado, bebendo todas as taças dos prazeres, sorvem, na verdade, o amargor de suas iniquidades. Têm suas entranhas consumidas pelo veneno peçonhento do pecado. Porém, aqueles que buscam a santidade usufruem dos manjares celestiais e desfrutam de comunhão com aquele que é a fonte da vida e o conteúdo da própria felicidade.

Em sétimo lugar, felizes são os que promovem a paz. Num mundo ferido pela guerra, onde se levantam muros de inimizade, felizes são os construtores de pontes e não os cavadores de abismos. Felizes são os que promovem a paz e não os que provocam contendas. Felizes são os ministros da reconciliação e não os operadores de querelas.

Em oitavo lugar, felizes são os perseguidos por viverem de forma piedosa. Não são felizes os que praticam a injustiça, mas os que são perseguidos por causa da justiça. Se sofremos por causa do nome de Cristo, então, estaremos na companhia dos profetas que viveram antes de nós. Se sofremos por causa dos valores do reino de Deus, então, somos contemplados com a felicidade que o mundo não conhece, não pode dar nem tirar de nós. Que, como súditos do reino de Deus, vivamos de modo digno dele, fruindo plena comunhão com ele e vivendo para a glória dele.

Rev. Hernandes Dias Lopes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima