O grande estadista americano, Abraão Lincoln, disse com razão, que as mãos que embalam o berço, governam o mundo. As mães são mestras do bem, conselheiras sábias, educadoras primorosas, intercessoras fervorosas, heroínas anônimas. Aqui, ali e acolá encontramos algumas mães que se tornaram notórias como Joquebede, Ana e Maria (registro bíblico), bem como Mônica e Suzana (registro da história). Porém, a vasta maioria delas, mesmo nas fronteiras do anonimato, forma o time de primeira divisão, como as grandes pedagogas, que ensinam os filhos as primeiras lições da vida e dão de beber a eles o leite da piedade.
Mãe não é apenas aquela que gera, mas também, aquela que educa para a vida, transmitindo aos filhos do coração, as verdades eternas. Essas, mesmo não concebendo em seu ventre, concebem em seu coração; mesmo não dando aos filhos adotivos o leite materno, oferecem-lhes o pão nutritivo da verdade. Essas, não são pregoeiras de banalidades, mas são mestras da mensagem que conduz à vida eterna.
É claro que não estamos promovendo as mães a um posto supra-humano, sem os efeitos deletérios do pecado. Há mães que, incompreensivelmente, rejeitam seus filhos no ventre, desprezam seus filhos na vida e esquecem-se deles em suas necessidades. Se há mães sábias, há também mães tolas. Se há mães cujos joelhos se dobram para interceder pelos filhos, há aquelas que confiam em si mesmas para orientá-los. Não é sobre essas mães que me proponho a falar. Antes, quero destacar aquelas mulheres que, apesar de suas fraquezas, foram verdadeiras heroínas a lutar pelos filhos, para vê-los triunfando na vida.
Há uma máxima assaz verdadeira que diz: “Mães de joelhos, filhos de pé”. Uma mãe nunca é tão eloquente, como quando se coloca de joelhos, na brecha, em favor dos filhos. As mães mais efetivas são aquelas que falam de seus filhos para Deus, antes de falar de Deus para seus filhos. Essas são mães intercessoras. Por serem mulheres de oração, ensinam mais pelo exemplo do que pelo preceito. Mulheres piedosas, que conhecem a intimidade de Deus e mantêm aceso o fogo do altar logram mais vitória na educação dos filhos do que aquelas que se municiam dos ensinos mais eruditos dos mais excelentes educadores. Um filho, que tem uma mãe que ora por ele, nunca é um filho pobre. As orações de uma mãe são tesouros preciosos que enriquecem a vida dos filhos.
Nossa oração é que, neste dia das mães, a biografia de mulheres santas como Sara inspire as mães contemporâneas. Que as lágrimas de Ana, esposa de Elcana, amoleçam o coração das mães que anseiam oferecer seus filhos a Deus. Que a sabedoria e a prudência de Abigail livrem muitos lares de tragédia. Que o sacrifício de Rispa, motive as mães atuais, a lutar pelos filhos para que não sejam ceifados pela morte. Que a devoção de Maria, mãe de Jesus, ensine as mulheres a se colocarem nas mãos de Deus, para fazer sua vontade. Que a perseverança da mulher siro-fenícia encoraje as mães a nunca desistirem de ver seus filhos libertos por Jesus.
Hoje, mercê da graça divina, temos muitas mães cultas, preparadas, influentes na sociedade, ocupando um merecido espaço no cenário acadêmico e profissional, galgando os lugares mais altos da vida pública, empresarial e educacional. Mas, ainda e, sobretudo, precisamos de mães que tenham tempo para seus filhos, gastem tempo ensinando seus filhos e coloquem no topo de sua agenda um compromisso de orar pelos seus filhos. Mesmo que, muitas dessas mães passem a vida longe dos holofotes, sem o reconhecimento popular e sem o aplauso da sociedade, elas certamente serão conhecidas e amadas no céu. Mesmo que elas não tenham seus nomes escritos no frontispício das egrégias academias, elas esculpirão em seus filhos as grandes marcas da vida. Mesmo que elas não sejam aplaudidas como protagonistas das grandes causas políticas e sociais, elas certamente serão heroínas anônimas, que conquistarão as vitórias mais consagradoras, pois darão ao mundo filhos e filhas, que construirão os pilares de uma sociedade ordeira e edificarão as bases de famílias fortes e igrejas vivas. Rev. Hernandes Dias Lopes