O túmulo de Jesus foi aberto de dentro para fora. A morte, o rei dos terrores e o último inimigo a ser vencido, não tem mais a última palavra. A sepultura não é o nosso último endereço. Jesus arrancou o aguilhão da morte, matou a morte e em breve a lançará no lago de fogo. Jesus morreu segundo a Escritura e foi sepultado. Mas a morte não pode detê-lo. Ele também ressuscitou como diz a Escritura. Ele venceu a morte e agora é a ressurreição e a vida. Jesus ressuscitou como primícias dos que dormem. Sua ressurreição é a pedra angular do Cristianismo, a acrópole das doutrinas cristãs, o selo de garantia do nosso futuro.
Com respeito ao passado sua ressurreição é um fato incontroverso. Com respeito ao presente, sua ressurreição é um artigo de fé. E com respeito ao futuro, sua ressurreição é nossa mais vívida esperança. No glorioso dia de sua segunda vinda, os mortos ouvirão sua voz e sairão dos túmulos, uns para a ressurreição da vida e outros para a ressurreição do juízo.
As melhores notícias que já trovejaram nos ouvidos da história vieram do túmulo vazio de Jesus. Seu túmulo vazio é o berço da igreja. Não adoramos um Cristo que esteve vivo e está morto, mas o Cristo que esteve morto e está vivo pelos séculos dos séculos. Ele tem as chaves da morte e do inferno. Ele está assentado no trono. Reina soberano e voltará gloriosamente. Sua vitória sobre a morte é o nosso estandarte. Não caminhamos para o entardecer da história, mas para a manhã radiosa da ressurreição.
Porque Jesus ressuscitou, o futuro não é incerto. Não precisamos viver como aqueles que não têm esperança. Porque ele venceu a morte, podemos erguer nosso brado de vitória: “Onde está ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Tragada foi a morte pela vitória!” (1Co 15.55). Porque Jesus derrotou a morte, morrer para o cristão não é um desastre nem uma derrota, mas é deixar o corpo e habitar com o Senhor. É partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Aqueles que morrem em Cristo são bem-aventurados. Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos. Porque Jesus está vivo, as lágrimas do luto podem ser estancadas. Porque Jesus ressuscitou há uma fonte de consolo para o seu povo. Não nos despedimos dos nossos entes queridos que partem no Senhor e para o Senhor com um doído adeus, mas com um esperançoso até logo.
Porque Jesus ressuscitou, nosso corpo surrado pelo cansaço, pela fadiga, pela velhice ou pela doença, ao descer à tumba, pela morte, não ficará ali para sempre. Não somos apenas matéria. Deus fez o homem do pó, mas soprou em suas narinas o fôlego da vida e ele passou a ser alma vivente. O pecado nos levou à morte, mas Cristo, por amor de nós, morreu por nós, ressuscitou para a nossa justificação e nos deu vida eterna. Ressuscitamos com ele e com ele estamos assentados nas regiões celestes acima de todo principado e potestade. Fomos salvos pela graça, mediante fé, para as boas obras. Portanto, a morte perdeu seu poder sobre nós, que estamos em Cristo.
Nossa alma imediatamente após a morte é aperfeiçoada e entra na glória, passando a desfrutar das venturas eternas, aguardando o dia em que, ao soar da trombeta de Deus, os mortos em Cristo ressuscitarão com um corpo imortal, incorruptível, glorioso, poderoso, espiritual, celestial, semelhante ao corpo de sua glória. Nesse corpo de glória, não haverá mais conflito com o espelho nem com a balança. Esse corpo não terá defeitos nem quaisquer limitações. Pelo desdobrar da eternidade, serviremos a Cristo e reinaremos com ele nos novos céus e nova terra. As lágrimas não rolarão mais em nosso rosto nem a dor pulsará mais em nosso peito. A morte não mais nos atormentará nem o luto jamais marcará nossa vida. A eternidade de gozo inefável terá começado para nunca mais acabar. Oh, bendita esperança! Oh, gloriosa certeza! Oh, Salvador merecedor de receber a honra e a glória pelos séculos sem fim!
Rev. Hernandes Dias Lopes