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CHORO OU ALEGRIA?

“Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira” (Pv 29.2).

            Este provérbio do rei Salomão estampa diante dos nossos olhos dois quadros, dois cenários, duas realidades e duas consequências inevitáveis. Há dois tipos de governança. O domínio do justo e o domínio do perverso. Quando o justo governa, a influência de sua administração motiva muitos outros a serem justos também. Porém, quando domina o perverso, só cabe ao povo suspirar e gemer.

            Como esses dois tipos de governantes ascendem ao poder? No sistema monárquico de Israel o rei assumia o trono pelo critério de hereditariedade. Mas, com a morte de Salomão, no ano 931 a.C., o Reino foi dividido. No reino do Norte, vários reis foram mortos, vítimas de conspiração e os rebeldes assumiram o poder. No reino do Norte, num período de duzentos e nove anos, ascenderam ao trono dezenove reis, oriundos de oito diferentes dinastias. No reino de Judá, porém, todos os reis procediam da dinastia de Davi. Reis bons e maus alternaram no poder. Quando governava um rei temente a Deus, que defendia os valores de Deus, a nação se alegrava e tinha prosperidade. Quando um rei mau assumia o trono, o povo amargava vergonhosas derrotas.

            Vivemos num país democrático, onde o povo escolhe seus representantes tanto do poder legislativo como do poder executivo. A responsabilidade de bem escolher os legisladores e governantes da nação cabe a nós. O voto é nosso passaporte para o choro ou para a alegria, para a ordem ou para a desordem, para a liberdade ou para opressão, para a valorização da vida ou para a cultura da morte, para o respeito à propriedade privada ou para a invasão de propriedade alheia, para a sacralidade do sexo ou para a perversão dele. Nosso voto é um alto privilégio e uma grande responsabilidade. Não podemos ser neutros. Seremos corresponsáveis com os destinos da nação. Colheremos a safra da semeadura do nosso voto.

            Votar em alguém é delegar a essa pessoa o direito de nos representar. É afirmar que concordamos com sua ideologia, que aprovamos as suas pautas, que apoiamos as suas propostas. Antes de dar o nosso voto precisamos examinar, com cuidado, a vida do candidato, sua ideologia, seus aliados e os valores que defende. Não podemos apoiar o que reprovamos. Não podemos negar nossa fé nem renunciar nossas convicções ao depositar nosso voto na urna. Não podemos aprovar o que Deus reprova. Por isso, votar é um ato de extrema responsabilidade não apenas diante dos homens, mas, também, diante de Deus.

            Um governante temente a Deus faz florescer os justos; um governante perverso faz o povo gemer e suspirar. O mapa das nações escancara essas duas realidades diante dos nossos olhos. Nas nações sob regimes totalitários, socialistas e comunistas o povo é cerceado de sua liberdade e não pode expressar livremente a sua fé. O Estado controla a comunicação e encabresta as consciências. Nesses regimes, o Estado se torna grande e o povo pequeno; o Estado se torna poderoso e o povo fraco; o Estado se torna uma divindade e o povo em seu súdito.

            Que Deus ilumine nossos concidadãos nesse pleito. Que Ele tenha misericórdia da nação brasileira, nessa importante e decisiva escolha de seus governantes. Que nosso voto multiplique justos, bem-aventurados e não oprimidos, cobertos de suspiros e lágrimas.

Rev. Hernandes Dias Lopes

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