soldier, military, uniform-60762.jpg

ATENÇÃO: ESTAMOS EM GUERRA

Ef 6.10-20

            A história humana é a história das guerras. Nunca houve tempo de paz desde que o pecado entrou no mundo. Só no século passado, duas sangrentas guerras mundiais ceifaram mais de cem milhões de pessoas. Multiplicam-se ainda hoje as guerras tribais, étnicas, religiosas e ideológicas. A guerra de que falarei aqui, porém, não é a batalha com enfrentamento de armas carnais, mas uma guerra ainda mais perigosa. Ninguém é dispensado dessa peleja. Nessa conflagração quem não é um guerreiro, é uma vítima. Não há campo neutro nessa peleja.

Destacamos aqui alguns pontos importantes:

            Em primeiro lugar, a natureza dessa guerra. Essa guerra não é contra carne e sangue. Não lutamos contra pessoas. Nosso problema não é outro que mora debaixo do mesmo teto nem mesmo aquele que mora ao nosso lado ou além-fronteiras. Essa guerra é espiritual. Por isso, não podemos entrar nela usando armas carnais. Devemos usar armas espirituais, poderosas em Deus, para anular sofismas e destruir fortalezas. Entrar num conflito intérmino contra pessoas é fazer o jogo do verdadeiro inimigo contra quem devemos lutar.

            Em segundo lugar, o inimigo a ser enfrentado nessa guerra. Se a nossa luta não é contra carne e sangue, a Bíblia diz que é contra o diabo e seus asseclas: principados, potestades, dominadores deste mundo tenebroso e forças espirituais do mal, nas regiões celestes. O diabo não é um mito nem uma energia negativa. O diabo é um ser maligno e perverso. A Palavra de Deus o chama de Satanás, diabo, maligno, tentador, enganador, pai da mentira, assassino, ladrão, antiga serpente. Ele veio para matar, roubar e destruir. Ele anda ao nosso derredor como leão ao mesmo tempo que é sutil como a serpente. Ele rodeia a terra e passeia por ela, buscando alguém para devorar. A Bíblia chama esse inimigo de príncipe da potestade do ar, de espírito que atua nos filhos da desobediência. Ele tem uma casa e guarda em segurança todos os seus súditos. Seu reino é o reino das trevas e debaixo de sua potestade estão todos aqueles que ainda não foram libertos e remidos por Jesus. 

            Em terceiro lugar, as artimanhas do inimigo nessa guerra. O inimigo usa várias artimanhas para atacar o povo de Deus. Ele coloca dúvidas sobre a veracidade da Palavra. Semeia joio, ou seja, os filhos do maligno do trigal de Deus. Ele dissemina falsas doutrinas e realiza falsos milagres. Intercepta orações e coloca barreiras na obra missionária. Ele se opõe aos obreiros de Deus e engana os que abrem brechas para suas artimanhas. O inimigo tem um arsenal variado e muda de tática para alcançar seus intentos perversos. Ele age com pressão e, também, com perseverança. Não podemos ignorar seus desígnios. Sua aparente trégua é apenas um tempo de refazimento de novas estratégias. Precisamos nos acautelar. Homens como Davi e Pedro caíram em suas armadilhas. Homens como Jó foram alvo de suas setas venenosas.

            Em quarto lugar, as armas da vitória nessa guerra. Para enfrentarmos vitoriosamente essa peleja, precisamos ser revestidos do poder de Deus. Não temos forças em nós mesmos para esse conflito. Precisamos, outrossim, ser revestidos de toda a armadura de Deus para ficarmos firmes contra as ciladas do diabo. Precisamos tanto de armas defensivas como de armas ofensivas. Precisamos orar, jejuar e manejar bem a espada do Espírito. É insensatez entrar nesse campo minado de cara limpa, confiando em nossos próprios recursos ou predicados morais e espirituais. Precisamos do poder que vem do alto, da força do onipotente, da proteção da armadura divina. O diabo e suas hostes, embora tão medonhos e perigosos, já foram vencidos na cruz do Calvário e nós somos soldados alistados no exército vitorioso, sob o comando do nosso supremo comandante, Jesus Cristo. Portanto, não é hora de ensarilhar as armas, mas de entrar nessa peleja e vencermos!

Rev. Hernandes Dias Lopes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima