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ALFAIATE DO EFÊMERO OU ESCULTOR DO ETERNO?

            Jesus, o Filho de Deus, aos trinta anos de idade, deu início ao seu ministério. Desceu da glória, esvaziou-se e fez-se servo. Sendo Deus se fez homem, sendo soberano se fez servo, sendo santo e bendito se fez pecado e maldição. Jesus veio não para ser servido, mas para servir. Veio não para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Andou por toda a parte libertando os oprimidos do diabo. Os cegos viram, os surdos ouviram, os mudos falaram, os coxos andaram e os mortos ressuscitaram. Seu nascimento foi um milagre, sua vida foi um exemplo, sua morte foi um sacrifício e sua ressurreição foi um brado de vitória.

            Jesus não foi um alfaiate do efêmero. Não veio apenas para ser um mestre moral e fazer reformas no sinuoso caráter humano. Não veio apenas para lidar com as grandes causas políticas e sociais, fazendo uma defesa dos direitos humanos. Não veio apenas para curar os enfermos e mitigar o sofrimento dos aflitos. Não veio apenas para multiplicar pães peixes, alimentando os famintos com o pão que perece. Não veio apenas para aplicar um verniz na religiosidade humana, maquiando suas rachaduras, tornando-a mais agradável aos olhos da sociedade. Jesus não pregou banalidades. Não veio para tratar apenas das coisas do aqui e do agora. Sua agenda não era regida pela terra, mas governada pelo céu; não estava voltada apenas para lidar com as coisas terrenas e temporais, mas, sobretudo, com as coisas celestiais eternas. O alfaiate do efêmero costura apenas roupas que a traça corrói; traz provisão apenas para o breve percurso do berço à sepultura.

            Jesus não foi um alfaiate do efêmero, mas o escultor do eterno. Suas palavras são espírito e vida. Só nele o homem pode ter a vida eterna. Só ele é o Mediador entre Deus e os homens. Não há nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos. Ele é o pão do céu para os famintos. Ele é a verdadeira luz que vinda ao mundo ilumina todo homem. Ele é a porta de entrada no céu. Ele é o bom pastor que deu a vida pelas ovelhas. Ele é a ressurreição e a vida para os que estão mortos em seus delitos e pecados. Ele é o caminho que guia nossos passos até Deus, a verdade que satisfaz a nossa mente e a vida que preenche os vazios da nossa alma.  

            Como escultor do eterno, Jesus, sendo o Verbo eterno, pessoal e divino se fez carne. Ele vestiu pele humana, calçou as sandálias da humildade, pisou o nosso chão, comeu o nosso pão, bebeu a nossa água, chorou a nossa lágrima e carregou sobre o corpo, no madeiro, os nossos pecados. Ele, como nosso substituto, morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. Jesus entrou nas entranhas da morte, arrancou o aguilhão da morte, matou a morte e inaugurou a imortalidade. Ele retornou ao céu vitoriosamente, derramou o Espírito Santo sobre seu povo, está assentado no trono, de onde sustenta o universo, governa as nações e voltará pessoalmente para buscar sua igreja. Jesus é a nossa esperança, a nossa alegria, a nossa paz, a nossa justiça. Nele temos copiosa redenção. Por meio dele fomos arrancados da escravidão para a liberdade e da morte para a vida. Ele nos transportou do império das trevas para o reino da luz. Éramos escravos do diabo, do mundo e da carne, mas agora somos livres. Estávamos mortos em nossos delitos e pecados, mas agora fomos ressuscitados com ele para uma nova vida. Porque recebemos a Jesus e cremos no seu nome, recebemos o poder de sermos feitos filhos de Deus.

            Jesus verdadeiramente não foi um alfaiate do efêmero, ele é o escultor do eterno. Todo aquele que nele crê não perece, mas tem a vida eterna. Todo aquele que vem a ele, jamais será lançado fora. Todo aquele que espera nele jamais será confundido. Todo aquele que confia nele recebe, de graça, mediante a fé, a vida eterna. Não corra atrás do que é efêmero, busque o que é eterno!

Rev. Hernandes Dias Lopes

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