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A SEGURANÇA ETERNA DA NOSSA SALVAÇÃO

            A doxologia que conclui a carta de Judas é um dos textos clássicos da Bíblia acerca da doutrina da perseverança dos santos. Aqueles que têm Deus como fonte e fiador da sua salvação podem desfrutar de uma segurança inabalável no tempo e na eternidade. Vejamos:

            Em primeiro lugar, a nossa segurança não está no homem, mas em Deus. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar…” (Jd 24a). A salvação não é uma obra humana nem é garantida pelo homem. A segurança da salvação não está firmada em quem somos ou no que fazemos, mas em que Deus é e no que Jesus fez por nós na cruz do Calvário. Deus é poderoso para nos guardar. Ele planejou, executou e consumará nossa salvação. Não estamos estribados na força do braço da carne, mas na onipotência divina.

            Em segundo lugar, a nossa segurança não está firmada na vulnerabilidade humana, mas no socorro divino. “… é poderoso para  vos guardar de tropeços…” (Jd 24b). Nós somos frágeis, vulneráveis, sujeitos a tropeços e quedas. Não conseguimos ficar de pé escorados no bordão da autoconfiança. Deus conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. Temos muitas fraquezas e não conseguimos caminhar vitoriosamente sem o auxílio da mão onipotente de Deus. É o Senhor quem nos guarda de tropeços. É ele quem nos segura com sua mão direita, nos guia com o seu conselho eterno e nos recebe na glória.

            Em terceiro lugar, a nossa segurança está garantida até ao dia final. “… e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória” (Jd 24.c). Nossa segurança está garantia do começo ao fim da nossa carreira. Aquele que começou a fazer a boa obra em nós, há de completá-la até o dia de Cristo Jesus. Estamos seguros nas mãos de Jesus, e ninguém pode nos arrancar de seus braços. O mesmo que nos salvou, também nos apresentará com exultação, imaculados diante da sua glória.

            Em quarto lugar, a nossa segurança nos move a adorar ao Deus da nossa salvação. “Ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania…” (Jd 25a). Longe da doutrina da perseverança dos santos ser uma desculpa para pecar, é uma motivação para adorar. Aqueles que foram alcançados pela graça e são preservados de tropeços, abrem seus lábios para exaltar a Deus e reconhecer que ele é digno de receber glória, pois só ele é majestoso e só o seu reino é um império soberano que jamais será abalado.

            Em quinto lugar, a nossa segurança nos motiva a exaltar ao Deus da nossa salvação no tempo e na eternidade. “… antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém” (Jd 25.b). O Deus da nossa salvação é o mesmo ontem, hoje e sempre. Ele existe antes do tempo e continuará existindo quando o tempo for consumado. Ele é digno de glória antes de todas as eras. Ele é adorado agora pelos anjos e remidos. De igual modo,  ele será adorado por todos os séculos. Nossos lábios jamais cessarão de louvar àquele que é a causa da nossa salvação, a essência da vida eterna e a razão pela qual fomos salvos. Nossa doxologia final deve ser confirmada por um sonoro e altissonante AMÉM.

Rev. Hernandes Dias Lopes

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