Israel, o povo da aliança, rebeldemente desobedeceu a Deus e tapou os ouvidos às advertências divinas. Perseguiram e mataram os profetas que lhe foi enviado. Deus, então, usou os reis pagãos como vara de sua disciplina. Em 722 a.C., as dez tribos do norte caíram nas mãos do império assírio e, em 586 a.C., as duas tribos do sul, caíram nas mãos do império babilônico. A disciplina de Deus, entretanto, não é para a destruição, mas restauração do seu povo. O cativeiro babilônico tinha data marcada para acabar. Era setenta anos e nem um dia a mais. No tempo oportuno, Deus usou reis pagãos para trazer de volta o seu povo, à terra prometida. Deus usou Ciro, Dario I, Xerxes e Artaxerxes para cumprir o seu plano.
O rei Ciro baixou um decreto permitindo a volta dos exilados para Jerusalém, mas quem moveu seu coração foi Deus. Os homens são apenas os instrumentos, mas o agente e regente da história é Deus. Ele disciplina e restaura. Ele usa uns para acionar o chicote da disciplina e outros para trazer o bálsamo da cura. Em todas as ações vemos o amor responsável de Deus, sua graça soberana e seu perdão imerecido.
Os exilados voltaram para casa. Encontraram uma cidade destroçada e muitos inimigos à volta. Porém, no tempo oportuno de Deus, o templo foi levantado e consagrado. O culto foi restabelecido. Os muros da cidade foram reconstruídos. As portas foram levantadas. A lei de Deus foi ensinada. O povo foi restaurado para andar de acordo com a aliança. Se os muros de Jerusalém protegeram o povo contra seus inimigos. A lei de Deus protegeu o povo da infidelidade ao Senhor. Na plenitude dos tempos, o Messias chegou, para estabelecer o seu reino de graça. Ele viveu, morreu e ressuscitou. Ele remiu o seu povo do pecado, triunfou sobre o diabo e matou a morte. Retornou ao céu e está assentado no trono. Ele voltará em poder para estabelecer o seu reino de glória. Seu reino é eterno e seu trono jamais será abalado.
Os exilados voltaram para casa e recomeçaram sua história de fé e esperança. Nós, de igual modo, somos chamados a voltar para os braços do Pai. Jesus, o Mediador da nova aliança, é o agente da reconciliação. Fomos chamados do mundo, para estarmos no mundo e sermos enviados ao mundo como ministros da reconciliação. Enquanto aqui estivermos, enfrentaremos, também, inimigos por fora e temores por dentro. Na verdade, a nossa casa permanente não é aqui. Aqui somos peregrinos e forasteiros. Estamos numa viagem rumo à Pátria Celestial. Caminhamos para a casa do Pai, onde ele mesmo enxugará dos nossos olhos toda lágrima. Saía do exílio. Chega da escravidão. Rompa com os grilhões que aprisionam sua alma. O Pai lhe espera. Na casa do Pai há muitas moradas. A festa já está prepara. Venha, não demore. É tempo de voltar para casa!
Rev. Hernandes Dias Lopes
