“Oh! Se fendesses os céus e descesses! Se os montes tremessem na tua presença, como quando o fogo inflama os gravetos, como quando faz ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, de sorte que as nações tremessem da tua presença” (Is 64.1,2).
O profeta Isaías, ergue sua voz aos céus, para clamar por uma manifestação extraordinária de Deus. Tem consciência que as nações não poderão ser impactadas nem o povo da aliança restaurado senão por uma demonstração de sua poderosa presença. O clamor de Isaías é, também, o nosso clamor. O mundo escarnece do evangelho e o povo de Deus dá sinais de apatia espiritual.
Com base na oração de Isaías, destacamos alguns pontos importantes:
Em primeiro lugar, o avivamento é precedido por uma consciência de necessidade. A nação de Judá está em crise e as nações ao redor estão blasfemando do nome de Deus. A apatia espiritual de Israel e o escárnio das nações não podem ser revertidos por estratégias humanas. Não se altera esse cenário com a força do braço da carne. O primeiro passo para um avivamento é um reconhecimento sincero de sua necessidade. Primeiro a igreja tem consciência de sua carência, depois ele clama a Deus para manifestar-se poderosamente.
Em segundo lugar, o avivamento é precedido por oração. O segundo passo do avivamento é a oração. Só um povo sedento clama por água. Só uma terra seca, deseja chuva. Só um coração perturbado pela sua aridez, deseja as torrentes do céu. Só uma igreja consciente de sua aridez ergue sua voz rogando a intervenção divina. Todos os avivamentos registrados nas Escrituras e ocorridos na história foram precedidos por oração. Antes de Deus rasgar os céus, a igreja bombardeia os céus com suas orações.
Em terceiro lugar, o avivamento é a manifestação extraordinária de Deus. O profeta Isaías comparou o avivamento com os céus rasgados e Deus descendo para inflamar o seu povo, como quando o fogo inflama os gravetos e faz ferver as águas. Deus é fogo. Sua palavra é fogo. Seu trono é fogo. Ele faz de seus ministros labaredas de fogo. Jesus batiza com fogo e o Espírito Santo foi derramado em línguas como de fogo. O fogo de Deus ilumina, purifica, aquece e alastra. Quando Deus fende os céus e desce, a igreja é restaurada, os adversários de Deus tomam conhecimento de sua majestade e as nações tremem à sua presença. Hoje, as nações escarnecem de Deus, zombam da sua palavra e perseguem o seu povo. Hoje, há igrejas apáticas, mornas e dormindo o sono do comodismo espiritual. Precisamos de um avivamento, de uma visitação poderosa de Deus para despertar a igreja e impactar o mundo.
Em quarto lugar, o avivamento traz resultados exponenciais para a igreja. O avivamento não é obra humana, mas divina. Não emana da terra, mas procede do céu. Quando Deus fende os céus e desce, cada crente se torna um graveto seco a pegar fogo. E quando os gravetos secos pegam fogo até lenha verde começa a arder. Quando Deus se manifesta, a igreja sai de sua letargia e se torna uma fogueira inflamada de zelo e amor pelo Senhor. Os inimigos de Deus têm sua boca tapada e suas mãos atadas e as nações mais poderosas passam a temer e tremer diante da grandeza do poder de Deus. Oh, como precisamos dessa visitação poderosa de Deus! Oh, como a igreja deve clamar sem tardança e com perseverança até que do alto sejamos revestidos de poder! Oh, como precisamos reivindicar a glória de Deus entre as nações!
Em quinto lugar, o avivamento traz reverberações no mundo. Quando Deus fende os céus e desce, a igreja é reavivada e o mundo é impactado. O avivamento começa na igreja, mas seus efeitos transbordam para fora da igreja e impactam o mundo, trazendo mudança na sociedade. É tempo de buscarmos ao Senhor até que ele venha!
Rev. Hernandes Dias Lopes