“Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal […]. Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Dt 30.15,19).
Fazer escolhas não é uma escolha. É imperioso fazermos escolhas. É impossível passar pela vida sem tomarmos decisões. Até os indecisos decidem. Eles decidem não decidir. Há escolhas sábias e escolhas insensatas, mas nunca escolhas sem consequências. Quais escolhas devemos fazer?
Em primeiro lugar, devemos escolher a vida e não a morte. Deus sempre coloca diante de nós a vida e a morte e nos exorta a escolher a vida. O bem e o mal estão no cardápio de nossas escolhas. Escolher a vida é optar pelo caminho que conduz à salvação. Escolher a morte é virar as costas para Deus e rumar célere para a perdição eterna. Deus não tem prazer na morte do perverso, mas em que ele se converta e viva. O caminho da salvação é estreito, mas conduz à vida; o caminho da perdição é largo, mas seu fim é a morte eterna. A porta da salvação é estreita, mas é a única que conduz à salvação, à provisão e à liberdade. Essa porta é Jesus. A porta da condenação é larga e são muitos os que entram por ela, mas o fim de todos esses é a perdição eterna. Não hesite. Faça, agora mesmo, opção pela vida!
Em segundo lugar, devemos escolher a liberdade e não a escravidão. A liberdade é um bem maior e melhor do que a própria vida. Porém, não raro, a escravidão vem disfarçada, fazendo ruidosa propaganda de liberdade. Aqueles que defendem o aborto, dizem que a mulher é livre para arrancar de seu ventre o bebê que está sendo gerado, como se fosse uma verruga pestilenta, mas escondem os horrores da culpa pelo crime de sangue de assassinar um inocente indefeso no mais sagrado santuário da vida. Aqueles que defendem a liberação das drogas o fazem em nome da liberdade, mas escondem o horror enfrentado pela família ao conviver com o cárcere emocional de ter um dependente químico em casa. Aqueles que defendem a ideologia de gênero, drapejam suas bandeiras em nome da liberdade de escolha, mas não mostram o medonho conflito físico, moral e espiritual vivenciados por aqueles que mudaram o seu modo natural de viver. A sociedade rendida à ditadura do relativismo aplaude a destruição dos valores morais que sustentaram as nações como se esse desbarrancamento da virtude fosse um progresso, porém, labora contra si mesma, pois nesse caminho de libertinagem só se colhe frustração a decadência.
Em terceiro lugar, devemos escolher a democracia e não a ditadura. Há muitas ideologias que fazem propaganda de democracia, mas na verdade, laboram pela supressão dos direitos fundamentais. Falam de justiça social, mas nivelam a todos na pobreza. Discursam em favor dos pobres, mas usam-nos como massa de manobra para se perpetuarem no poder e reduzir todos à miséria. Falam de paz, mas os súditos que vivem debaixo do seu tacão são oprimidos pela truculência. Falam de liberdade, mas os cidadãos de sua autocracia não são livres para, se sequer, sair de seus países totalitários. Falam em oportunidades para todos, mas usam todos como escravos para manter o luxo de seus palácios.
Em quarto lugar, devemos escolher os valores absolutos e não o relativismo moral. Os fundamentos da nossa sociedade estão sendo atacados. Os marcos estão sendo removidos. Os valores morais estão sendo colocados de cabeça para baixo. A sociedade rendida à ética flácida e situacional não apenas tolera o erro, mas inverte os valores. Transformam o mal em bem, as trevas em luz e o doce em amargo. A ética judaico-cristã tem sido atacada com rigor desmesurado nos parlamentos, nas cortes, na grande mídia, na literatura, nas escolas e nas ruas, mundo a fora. Fazem troça da virtude e aplaudem os vícios. Promovem a degradação moral e zombam da castidade. Atacam o casamento e defendem o sexo sem compromisso. Escarnecem da família e promovem a ideologia de gênero. Sacodem o jugo suave de Cristo e colocam o pescoço debaixo da canga pesada do secularismo ateu.
Hoje precisamos fazer nossas escolhas. Que sua escolha seja por Deus, pela vida, pela liberdade, pela família! Se escolhermos bem, viveremos bem, agora e por toda a eternidade!
Rev. Hernandes Dias Lopes