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A SALVAÇÃO ASSEGURADA

“Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (1Jo 5.13).

            O apóstolo João escreveu esta epístola no final do primeiro século, com o propósito de dar ciência ao povo de Deus, em tempos de atroz perseguição, que ele tinha sua salvação assegurada. No versículo em epígrafe, três verdades devem ser destacadas:

            Em primeiro lugar, uma informação comunicada. “Estas coisas vos escrevi…”. João é o próprio remetente desta carta aos crentes. Ele é apóstolo de Jesus Cristo, com solene autoridade para comunicar ao povo de Deus sua expressa vontade. Quando João escreveu esta epístola, todos os demais apóstolos de Jesus já estavam mortos, e mortos pelo viés do martírio. É desnecessário dizer que João não escreve por contra própria. Ele é inspirado por Deus para fazer este registro. O verdadeiro autor da carta é o Espírito Santo. João é o escritor que faz o registro da revelação divina, assistido pelo Espírito de Deus. Se no evangelho que leva o seu nome, João escreveu para que seus destinatários pudessem crer e ter a vida eterna em Cristo, agora, nesta epístola, escreve para dizer aos que creram que sua salvação estava assegurada.

            Em segundo lugar, uma doutrina defendida. “… a fim de saberdes que tendes a vida eterna…”. João é meridianamente claro em afirmar que aqueles a quem remete esta carta já estavam salvos. O tempo verbal, aqui empregado, é por demais óbvio para se levantar quaisquer suspeitas acerca da inabalável segurança que os salvos têm. Os crentes não devem sentir, mas saber que eles têm a vida eterna. A posse da vida eterna, muito mais do que um mero sentimento, é uma convicção intelectual. A perseverança dos santos é uma doutrina posta e defendida em toda a Bíblia. Porque a salvação é uma obra exclusiva de Deus, ele mesmo a assegura. Porque o próprio Deus planejou, executou e consumará nossa salvação podemos ter absoluta segurança de que nada nem ninguém pode nos arrancar dos braços de Jesus. Nossa segurança não decorre do que fazemos, mas do que Cristo fez por nós. É o próprio Deus quem completará a obra que começou a fazer em nós. Fomos escolhidos na eternidade. Fomos chamados no tempo. Fomos justificados pela fé. Fomos selados com o Espírito Santo da promessa. Já recebemos o penhor do Espírito Santo. Nosso nome está escrito no livro da vida. Morremos e ressuscitamos com Cristo para uma nova vida. Estamos assentados com Cristo, nas regiões celestiais, acima de todo principado e potestade. Estamos escondidos com Cristo em Deus. Estamos nas mãos do divino pastor e das suas mãos ninguém pode nos arrancar. Podemos, portanto, tomar posse da vida eterna. Ela nos foi dada gratuitamente e devemos nos apropriar dela pela fé.

            Em terceiro lugar, uma condição inegociável. “… a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus”. A salvação não é uma conquista das obras, mas uma oferta da graça. Não somos salvos pelas obras nem pelas obras mais a fé. Somos salvos pela graça mediante a fé em Cristo, o Filho de Deus. Todo aquele que crê em Cristo tem a vida eterna. Só aqueles que nele creem são salvos. Nenhum esforço humano pode salvar. Nenhuma religião pode salvar. Nenhuma igreja pode dar a vida eterna. Nenhum ritual religioso ou sacrifício pessoal pode levar o homem ao céu. Mas, a todos quantos recebem a Cristo, recebem o poder de serem feitos filhos de Deus. A fé em Cristo é a condição única e inegociável para a salvação. Não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. Jesus Cristo é o Caminho para Deus e a porta do céu. Ninguém pode ir a Deus senão por ele. A salvação está assegurada a todos aqueles que nele creem e só a esses.

Rev. Hernandes Dias Lopes

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